quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
No cume do Aconcágua ( 6992 m) - 12/1/007 - Amigos da Montanha
Cávado Jornal
Dois Barcelenses “em cima da América
“Grupo dos “Amigos da Montanha” no pico do Aconcagua, a montanha mais alta do continente Americano. Seis aventureiros fizeram parte desta expedição que atingiu no passado dia 12 de Janeiro o topo do continente Americano.
Eram 16,40 horas locais quando os seis elementos da Associação de Montanhismo de Barcelinhos”, chegaram ao cume do Aconcagua. Na cordilheira dos Andes, na Argentina, com
O grupo levou até ao cimo um telefone satélite para, ao chegar junto à cruz que assinala o topo, comemorarem o momento com um telefonema para as famílias. No entanto, as más condições do tempo impediram que o fizessem. Cada um vive de uma forma muito própria o momento em que, superando-se a si próprios, atingem a meta a que se propuseram: “A primeira coisa que vem à cabeça é uma enorme satisfação por termos alcançado o cume. Nesse dia havia pouca visibilidade e estava a nevar. Eu ia dedicar a subida à minha mulher e ao meu filho através do telefone, mas como sabia de antemão que não podíamos estar lá em cima muito tempo, por causa da falta de oxigénio, resolvemos descer logo”.
A expedição que fizeram a Aconcagua, que faz parte da rota dos sete cumes mais altos de cada um dos continentes do mundo, começou a ser pensada há cerca de dois anos, quando ainda estavam a realizar uma outra, no Elbrus, na Rússia, e que é a montanha mais alta da Europa. Uma expedição deste género tem que ser pensada ao pormenor. Desde a preparação da viagem, ao equipamento e do treino dos participantes, há muita coisa em que pensar e que não podem falhar: “São quilos de equipamento. Tendas, cordas, alimentos, painéis solares, filtros de água, oximetros, telefones satélite, rádios... tudo o que faz falta para se atingir um objectivo destes”.
A subida da montanha foi feita pelo trilho principal. O grupo beneficiou de experiência adquirida numa primeira aventura em que o Pedro Alves tentou sozinho atingir o topo, sem no entanto o conseguir. Desta vez, a escalada foi feita de uma forma mais lenta, dando tempo a que o corpo se adaptasse às condições das alturas e à falta de oxigénio.
As complicações da subida acabam por criar um forte espírito de grupo, o que fez com que todos chegassem ao topo, coisa que na maior parte das expedições não acontece. O Aconcagua é uma das montanhas mais frias, seca e ventosa do mundo, exigindo muito em termos físicos e mentais.
Tendo chegado a Barcelos na passada quinta-feira, os Amigos da Montanha estão já a projectar a próxima expedição, que poderá acontecer ainda este ano. Será a Cho oyo, nos Himalaias. Com
Amigos da Montanha – Associação de Montanhismo de Barcelinhos
Praticar desporto e preservar o ambiente
Estão filiados na Federação Portuguesa de Campismo, entidade que em Portugal tem a tutela da modalidade do montanhismo, ficando, assim, capacitados para emitir cartas de campista e cartas de montanheiro. Em finais de 2001, passaram a ser associados da
QUERCUS e da Federação Portuguesa de Orientação. Em 2002 também se filiaram na Federação Portuguesa de Canoagem. Actualmente são 900 os sócios efectivos, tem secções de montanhismo, pedestrianismo, BTT, canoagem, rafting, desporto, paintball e ambiente.
Pedro “Kata” faz montanhismo para superar os seus limites
Pedro Alves, mais conhecido por “Kata”, um cognome que lhe ficou desde os tempos que praticava karaté e é um dos membros fundadores dos Amigos da Montanha – Associação de Montanhismo de Barcelinhos. Juntamente com um grupo de amigos que gostavam de actividades ao ar livre, e que já faziam algumas caminhadas e acampamentos quiseram ir mais além e criaram a Associação.
Pedro foi um dos maiores incentivadores para que se fosse mais além e foi o próprio que tomou a iniciativa de fazer alguns cursos que o habilitassem para uma prática da modalidade tecnicamente mais exigente: “A modalidade tem várias áreas específicas, como a escalada desportiva, escalada clássica, em gelo… há vários tipos de escalada e cada um com o seu tipo de equipamento e necessidade de conhecimentos e técnicas específicas. Eu sempre lutei por evoluir e para que a Associação tivesse um pouco de tudo”.
O Montanhismo permite a Pedro “Kata” conhecer e testar os seus próprios limites, num certo gosto pelo risco calculado: “Isto permite-nos contactar com a natureza, visitar sítios inóspitos, calmos e sem barulho… com paisagens e sensações fantásticas”.
Por outro lado, explica o Pedro, “sei que sou capaz de me orientar sozinho e de me bastar a mim próprio. Dá-nos outra força e segurança saber que podemos dominar sobre a natureza. Gosto de viver este risco calculado e a aventura. Serve como um escape para se atingir o equílibrio com a vida do dia a dia”.
O montanhismo é uma actividade fisicamente exigente. Apesar de Pedro Alves não ter muito cuidado com a alimentação, porque não tem tendência para engordar, a maioria tem que o fazer. “Kata”, e todos os outros, também precisam de treinos intensos antes das expedições. Para esta expedição, por exemplo, treinou entre Agosto e Dezembro, fazendo um complemento a nível de musculação, para além de treinos mais técnicos. Tudo para que o corpo esteja pronto a responder quando a montanha assim o exigir."
Susana Caravana
Voz do Minho
Barcelenses no Aconcágua
“Está previsto para hoje o regresso dos seis montanhistas dos Amigos da Montanha de Barcelos que partiram, no dia de Natal, numa expedição ao Aconcágua, na Argentina, a montanha mais alta fora dos Himalaias com
O dia 25 de Dezembro de 2006 ficará marcado como sendo o primeiro da expedição ao Acongágua, por parte dos seis montanhistas dos Amigos da Montanha: Kata, Peixoto, Valeriano, Augusto, Abílio e Valdemar. Depois das várias acções de logística necessárias, os seis montanhistas viajaram para Puente del Inca (
Este responsável explicou à Voz do Minho os passos que foram dados até ao início da ascensão ao cume da montanha. “No dia 28 de Dezembro, numa tentativa de aclimatar adequadamente, os montanhistas, fizeram uma pequena ascensão até aos
Ascensão ao cume do Aconcágua
A primeira data avançada para que os montanhistas conseguissem chegar ao cume foi o dia 11 de Janeiro, no entanto, as más condições atmosféricas travaram o intuito. Um feito que segundo o responsável pela expedição, Pedro Alves, foi conseguido no dia seguinte, ou seja, na passada sexta-feira. “Baseados em informações meteorológicas que nos eram enviadas regularmente através de telefone satélite, cedido por João Garcia, e pelo conceituado meteorologista Pedro Carradinha, sabíamos que os dias 14 e 15 seriam os melhores para o ataque ao cume. Contudo isso estava fora de hipótese dado o nosso regresso a Portugal”. Pedro Alves revela que a ascensão começa a ganhar mais força para o dia 12. “O dia 12 seria a melhor alternativa, ficando na expectativa quanto ao 11. Contudo condições climáticas inadequadas, fundamentalmente ligadas ao forte vento, condicionaram e anularam mesmo a intenção de subir a
E assim foi. Pedro Alves revelou que a saída do grupo foi às 3h30 da madrugada do CII. “Éramos 8, já que na ascensão se juntaram dois jovens brasileiros que entretanto, uma hora após a saída, acabaram por desistir face ao frio e a problemas de MAM (Mal Agudo de Montanha)”. O responsável pela expedição revela que não foi fácil mas que todos os elementos do grupo conseguiram chegar ao cume. “A ascensão foi prolongada e árdua mas foi bem sucedida. Os 6 elementos conseguiram atingir o cume às 16h 40, (19.40h hora portuguesa). A ascensão demorou, incluindo a descida, cerca de 17h”, revelou Pedro Alves."
Jornal "Correio de Azeméis"
16 de Janeiro de 2007
Missão cumprida
Antes, passaram duas noites no acampamento Canada, e antes do último ataque ao cume posicionaram-se no acampamento Nino Del Condor a 5560 mts de altitude. Esperam notícias via satélite do Carradinha, meteorologista português que segue de perto esta expedição. Com condições atmosféricas favoráveis, Abílio Guimarães, Valdemar Oliveira, Valeriano Correia, Augusto Macedo, Nuno Peixoto e Pedro Alves chegaram aos 6962 metros do cume do Aconcágua."
Continua a expedição ao Aconcágua
"Continua a saga dos seis montanhistas na expedição ao Aconcágua na Argentina, montanha mais alta fora dos Himalaias, com os seus
Ao fim da manhã do dia 25 de Dezembro, seis montanhistas dos Amigos da Montanha (Kata, Peixoto, Valeriano, Augusto, Abílio e Valdemar) embarcaram de avião no aeroporto Francisco Sá Carneiro, com destino a Mendoza (Argentina). A viagem correu bem, apenas com pequenos atrasos nos voos.
O dia 26 de Dezembro foi passado em Mendoza em acções de logística, aquisição dos obrigatórios ingressos no Parque Natural do Aconcágua, alimentação e uma breve visita à cidade. No dia 27, os seis montanheiros viajaram para Puente del Inca (
No dia 28 de Dezembro, numa tentativa de aclimatar adequadamente, os montanheiros fizeram uma pequena ascensão até aos
Passagem de ano nas tendas
No dia seguinte, realizaram um ‘trekking’ de seis horas até aos
O grupo está bastante unido, física e psicologicamente bem e a aclimatação a correr dentro do programado. No dia 3 de Janeiro e após os dois dias de repouso, subiu aos
No dia 5 de Janeiro, iniciaram a escalada até ao Acampamento Canadá (
De acordo com o que comentam os guias internacionais que já escalaram os Himalaias, os quase
2 de Janeiro de 2007
Montanhistas já estão no Aconcágua.
Após a chegada àquela cidade argentina, a comitiva portuguesa instalou-se num hotel, fez o aprovisionamento dos bens necessários, isto é, a aquisição dos bens alimentares bem como a preparação da subida, com a compra da licença de 20 dias para subir ao Aconcágua.
No dia seguinte, a comitiva fez uma viagem de 180 km, em autocarro alugado, durante duas horas e meia, desde Mendonza até Puerta del Linka, no parque do Aconcágua, localidade a 2.700 metros de altitude, onde ficou duas noites para habituação à montanha. Aqui, com bom tempo, os montanhistas fizeram um pequeno cume para aclimatar, com 3.900 metros de altitude, chamado Los Bandeiritas del Norte.
À noite realizaram a primeira medição da situação fisiológica, isto é, a saturação de oxigénio no sangue e a frequência cardíaca. “Todos nós apresentámos valores normais para a altitude a que nos encontramos, o que significa que estamos bem, mas não quer dizer nada, porque ainda estamos longe do objectivo final”, referiu Augusto Macedo.
“Contudo, o bom estado de saúde ajuda para que a nossa moral esteja em alta. O que nos custou um pouco mais foi o aluguer das mulas e a separação das refeições.
É uma logística muito grande, são 15 dias dentro da montanha, temos de levar refeições para esses dias todos, o que provoca sempre alguma agitação A aclimatação foi feita de forma faseada, primeiro a 2.700 metros de altitude, no dia seguinte a 3.600 metros e, posteriormente, já no campo base a 4.300 metros"
“À conquista do Aconcágua”
Risco calculado
Temperaturas de 30º negativos
Fortes psicologicamente
Arranque em dia de Natal
Monte Aconcágua
Os seis montanhistas
São seis os montanhistas que vão tentar escalar o Aconcágua: Dr. Abílio Guimarães (médico), Dr. Valdemar Sousa Oliveira (contabilista), Valeriano Duarte Correia da Silva (bancário), Augusto Macedo (professor de natação), Pedro Alves (encarregado fabril) e Nuno Peixoto (mecânico auto).
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